TAP está em maus lençóis
Um grupo de hackers alega ter na sua posse dados pessoais de 1,5 milhões de clientes da TAP, num total de cerca de 500 GB de informação. Infelizmente, até agora, nada nos permite concluir estarmos perante uma mera brincadeira de mau gosto.
Na terça-feira, terá sido publicado o primeiro conjunto de dados de 115 mil pessoas supostamente obtidos num ciberataque à companhia aérea, avançou o Público, que cita fonte oficial da empresa: “As informações afetadas podem variar consoante o cliente e incluir dados como nomes, detalhes de contacto, informações demográficas e número de passageiro frequente”, disse fonte oficial.
É um tom muito diferente do que usou num outro comunicado, semanas antes, em que garantia ter bloqueado com sucesso um ciberataque durante a madrugada: “A integridade operacional está garantida, pelo que não há qualquer risco para a segurança de voo. Não foi apurado qualquer facto que permita concluir ter havido acesso indevido a dados de clientes”, dizia a TAP, com confiança, na altura.
Sabemos bem que, nestas coisas, nada é como parece. Naturalmente, a TAP precipitou-se e a garantia de que não houve fuga de dados de pagamentos não vai deixar ninguém dormir descansado. Entretanto, a empresa entrou em modo de gestão de crise e contactou os clientes a alertar para o “risco de uso ilegítimo” de dados pessoais.
Ainda vamos conhecer as consequências exatas deste incidente, mas de uma coisa podemos ter a certeza: as dores da TAP são também as nossas, depois dos muitos milhões que investimos para a endireitar. Uma crise de cibersegurança era tudo o que a empresa menos precisava agora. Vai minar a imagem da companhia aérea em Portugal e no estrangeiro.
Se estas notícias se confirmarem, a TAP pode estar em maus lençóis.

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